Ciência, Cultura e Arte, Atividades Práticas STEM Brasil e Demais Experimentos
Mulheres na ciência; empoderamento feminino, cientistas negras brasileira; representatividade das mulheres, Direito a educação; mulheres como sujeito e não objeto, Meninas nas Ciencias; mulheres cientistas como inspiração para jovens
Resumo:O presente estudo foi realizado para debater na educação básica a lutas das mulheres pelos seus direitos em diversos lugares da sociedade. Defendemos aqui que, por meio do estudo de biografias de mulheres na ciência e de ativistas feministas, de suas lutas por espaço na educação, na política, em campos de discussão cientifica e tecnologia pode-se inspirar meninas a seguirem seus estudos. Os estudos sobre uma mulher empoderada contribuem para o entendimento de que as lutas pelos direitos da mulher na sociedade de hoje é algo constante. Principalmente no campo da igualdade de gênero no mercado de trabalho e pela defesa da mulher contra atos de violência. Dessa forma, o trabalho traz discussões sobre o direito da mulher a educação, o direito ao voto feminino lutas conquistadas pelo movimento sufragistas. Perpassamos por histórias de cientistas mulheres como: Marie Curie: uma pioneira da radioatividade e da ativista Malala Yousafzai: a voz da educação feminina. Estudamos também cientistas negras brasileiras, com o objetivo de dar ênfase ao trabalho dessas cientistas e evidenciar que, apesar das dificuldades sociais enfrentadas, contribuem para desenvolvimento científico. As cientistas negras estudadas foram: Anna M. C. Benite, Sônia Guimarães, Katemari Rosa, Rita de Cássia Luiza Helena de Bairro, Maria da Conceição Evaristo de Brito e outras. Entendemos que tratar o tema Empoderamento da Mulher e de trajetórias de cientistas mulheres, na educação básica, pode inspirar meninas a trilhar carreiras cientificas, reafirmando seu espaço em uma sociedade machista que culmina no ensino de ciências masculinizado. Essas discussões podem colaborar, de alguma maneira, com a redução das injustiças sociais contra a mulher, por meio de um ensino ciências humanizado e vulgarizado que mostre que meninas podem ser cientistas. INTRODUÇÃO A maioria das mulheres que desenvolveram descobertas cientificas foram pouco valorizadas pela comunidade científica de sua época. O estudo sistematizado da historias das mulheres cientistas pode, portanto, levar a discussão em sala de aula da educação básica sobre a presença da mulher na sociedade de hoje e das lutas que passam por conquistar seus sonhos e objetivos (Bastos, Camargo e Benite, 2022). Dessa forma, este estudo busca destacar as notáveis realizações de mulheres na ciência, desde figuras históricas pionieras como Marie Curie, cujas pesquisas em radiotividade revolucionaram a física e a química sendo ganhadora de dois premios Nobel, até cientistas contemporâneas como da Astrônoma, Katemari Rosa graduada em Física na UFRGS e Mestrado na UFBA em Ensino, Filosofia e História das Ciências. Quando estudamos a presença das mulheres no desenvolvimento científico e tecnológico busca-se romper com esse modelo dominante de ciência masculinizada, que para ser cientista é preciso ser um homem branco em um laboratório. Assim, a hipótese norteadora desse trabalho é: O estudo de biografias de mulheres cientistas na educação básica pode aumentar o interesse das alunas em ciências e encorajá-las a considerar carreiras científicas. A partir dessa hipótese defendemos que na sala de aula atual estudar as biografias de mulheres incríveis da Ciência como Marie Curie e de mulheres negras cientistas brasileiras aproxima os alunos e alunas da ciência e da tecnologia e, consequentemente, gera um empoderamento feminino e as incentiva a seguir nos estudos e trilhar carreiras rotuladas masculinas em campos científicos e tecnológicos. De forma que, promover esses debates em sala de aula pode desenvolver o pensamento crítico dos envolvidos no processo. O ensino de ciências com esse viés de empoderamento feminino permite na educação básica processos reflexivos que contribuem para sua atuação como cidadãos de modo a mudar seus olhares diante da sociedade em que estão inseridos. Visto que, a igualdade de gênero é um temática que permeia vários campos da sociedade, de modo que se faz importante essa discusão na educacação básica para que ocorram mudanças estruturais na sociedade. Por meio do estudo de mulheres cientistas que foram protagonistas no desenvolvimento e produções cientificas busca-se rompoer com uma visão de ciência como uma atividade unicamente masculina, branca e de laboratório com homens em seus respectivos jalecos (Cachapuz et al., 2011). Em que historicamente percebemos que: “A ciência foi construída, então, em meio a desigualdades de gênero” (Bastos, Camargo e Benite, 2022, p.278). I. OBJETIVOS E QUESTÃO PROBLEMA Objetivo geral: Estudar como a representação de mulheres na ciência tem evoluído ao longo do tempo, e quais são os fatores que influenciam essa representatividade. Objetivos Especificos:Analisar a presença de mulheres em campos científicos ao longo do desenvolvimento das ciências; Discutir quais são os desafios enfrentados por mulheres que buscam carreiras nas ciências e questões no campo de igualdade de gênero. Estudar as mulheres cientistas negras brasileiras com o objetivo de dar ênfase as suas áreas de pesquisa para e inspirar as meninas em carreiras que envolvam artefatos científicos e tecnológicos. Desenvolver o Respeito a mulher e romper de maneira reflexiva com a ciência eminentemente masculina; Incentivar as Mulheres a seguir carreiras STEAM; Problema Como O estudo de biografias de mulheres cientistas na educação básica pode aumentar o interesse das alunas em ciências e encorajá-las a considerar carreiras científicas? II. DESCRIÇÃO DE MATERIAIS E MÉTODOS Os métodos desse trabalho de pesquisa são reflexões que ocorreram em uma eletiva denominada “Se Empodera Menina” desenvolvida no 2º semestre de 2022 (agosto até dezembro). Nesta eletiva estavam inscritos 30 alunos do Ensino Fundamental II da unidade de educação básica CEPI Dr. Mauá Cavalcante Sávio. Os dados foram analisados no campo da pesquisa qualitativa sendo caracterizada como um estudo de caso. O recorte para discussão nesse trabalho foram 06 intervenções pedagógicas : 01-O que é empoderamento feminino?Lutas das mulheres sufragistas no Brasil 02-Conquista das mulheres no Brasil: Direito ao voto: história de Celina Guimarães 03- Malala Yousafzai uma luta por direito a Educação de meninas no Paquistão. Curta Metragem Vida de Maria 04-Marie Curie foi para Paris lutas e conquistas 05- Mulheres negras na Ciência 06- Construção de luminárias que abordaram discussões sobre: a presença da mulher na ciência, questões sociais que envolvem o racismo a partir de biografias de cientistas negras e debates sobre empoderamento e representatividade da mulher na sociedade suas lutas por direitos e igualdade de gênero. Essas discussões aconteceram no desenvolvimento da eletiva: “Se Empodera Menina”. Além disso, busca-se, também, a divulgação da trajetória e feitos científicos das cientistas mulheres brasileiras, com o objetivo de inspirar alunas e mulheres a seguirem a caminhos profissionais e acadêmicos no campo das exatas e nas áreas tecnológicas, de modo a abrir os olhos para esferas da Ciência & Tecnologia (BASTOS, 2020). Os dados coletados pelos seguintes instrumentos: registros fotográficos, por relatos de experiências das alunas da eletiva e por meio de diário de bordo. Nessa eletiva as alunas tiveram como tarefa a construção de luminárias em cano PVC (policloreto de vinila) de diâmetro 100 milímetros. Nesses tubos de PVC usando micro retíficas foram desenhados os rostos de alguns cientistas estudadas, para execução das luminárias. Também foi desenvolvido um circuito elétrico simples de um abajur. As intervenções pedagógicas da eletiva “Se Empodera Menina” tiveram por objetivo a gerar debates reflexivos para o benefício da comunidade e escolar inserida. Com o estudo de histórias e experiências ocorridas da contribuição de mulheres na Ciência. E por fim, tivemos a criação de recursos científicos e tecnológicos a partir da construção das luminárias em PVC e manuseio de ferramentas rotuladas como masculinas. Importante destacar que, a Eletiva em estudo foi realizada no segundo semestre de 2022 no CEPI Dr. Mauá e no momento (2º semestre, 2023), estamos desenvolvendo a Eletiva : Mulheres incríveis das Ciências na qual por processo de escolhas estão inscritos 34 alunas e alunos do Ensino Fundamental II dessa unidade, nessa eletiva está sendo estudadas as mulheres cientistas e sendo desenvolvidas aulas experimentais com o objetivo de inspirar os participantes a seguirem a caminhos profissionais e acadêmicos no campo das exatas e nas áreas tecnológicas. IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Os dados aqui analisados provêm das impressões escritas de alunas e de alunos que participaram da Eletiva “Se empodera menina”. Foi coletado de forma voluntária em que os alunos e alunas deveriam descrever em um parágrafo qual sua experiência de ter cursado a eletiva. A partir desses relatos de experiência, que trazem suas impressões escritas o método empregado para a compreensão desses dados foi uma análise temática (AT) derivada da Análise do conteúdo (AC) desses registros. Segundo a AT não é preciso uma amostragem rigorosa, podendo ser analisado e coletados os dados com um viés qualitativo. De acordo com a AT os dados podem ser estudados por meio da compreensão de temas que representem certos conceitos e teorias (CLARKE e BRAUN, 2006 apud TEXEIRA et al 2023). Por meio dos estudos das biografias das mulheres cientistas como Marie Curie e cientistas negras brasileiras: Anna M. C. Benite, Sônia Guimarães, Katemari Rosa, Rita de Cássia Luiza Helena de Bairro, Maria da Conceição Evaristo de Brito e outras. Buscou-se contribuir para mudanças de pensamentos sobre ser cientista, conhecer as biografias das cientistas e inspirar as meninas para escolherem suas trajetórias profissionais com maior direcionamento e eficácia. De acordo com Texeira et al (2023 p.10): estudar mulheres na Ciência (...) pode contribuir para modificações do quadro apresentado – desconstruir imaginários coletivos sobre cientistas como alguém de idade avançada, branco e do sexo masculino, excêntrico e estimular que jovens estudantes se vejam neste lugar ocupacional – é divulgar que o campo é possível também para as mulheres. Por motivos éticos, foram omitidos os nomes das alunas na apresentação dos dados sendo numeradas de aluna 1 até aluna 9. A seguir são apresentadas e analisadas as manifestações escritas de nove alunas que participaram da eletiva em estudo. No discurso da aluna 1 quando relata sua experiência vivenciada nas IPs (tabela 1) desenvolvidas na eletiva percebe-se a contribuição na sua formação como sujeito e a importância de dar atenção as conquistas das mulheres cientistas. De acordo com Texeira (et al 2023): dar visibilidade a personagens de mulheres cientistas pode proporcionar que adolescentes do sexo feminino pudessem se inspirar em modelos positivos e reais de mulheres cientistas. Aluna1: Participar da eletiva Se Empodera Menina foi uma experiência incrível, foi um projeto super bem planejado e bem executado. Na eletiva conhecemos as histórias de diversas mulheres importantes para a história de lutas das mulheres. Com a inspiração nessas mulheres fizemos lamparinas com cano PVC. As meninas da eletiva botaram a mão na massa e fizeram as afiações elétricas das lamparinas, a eletiva foi facilmente a melhor do semestre (setembro,2023). No discurso de aluna 2 fica evidente que falar de Empoderamento feminino e de feitos das mulheres ajuda na auto estima dessas alunas. Em que Aluna 2 afirma: “... ter aprendido a ter mais amor-próprio, me aceitar do jeito que sou (...)” concordamos que: A autoconfiança, a autoestima afetam as posições nas escolhas e oportunidades e vivências, das meninas agregando elementos importantes para à autoestima e, assim, influenciam as posições sociais que essas alunas ocuparão ao longo da vida. (TEXEIRA et al 2023). Aluna 2: Ter participado da eletiva “Se Empodera menina me fez ter mais amor-próprio, me aceitar do jeito que sou independente se eu sou magra ou gorda, se eu tenho cabelo liso ou não. Antes de entrar na eletiva eu tinha uma auto estima muito baixa porque eu tenho uma mancha de nascença que começa na orelha e termina na boca devido eu ser morena e minha mancha branca. Eu não me aceitava porque me achava esquisita só que agora eu me acho linda tenho uma auto estima boa graças a eletiva “Se empodera menina” (setembro, 2023). Discutir sobre mulheres cientistas e suas conquistas com as alunas da educação básica pode gerar auto confiança e fazer com que se sintam capazes e empoderadas a conquistar espaços ditos masculinos, a travar lutas maiores no campo da igualdade de gênero. Essas afirmações são realçadas na fala da aluna 3: “...de nós meninas, ver que somos capazes de fazer tudo que quisermos, e que todos os obstáculos sempre são vencidos a partir de nossa coragem e perseverança.... nós MULHERES que somos capazes de tudo, e que qualquer barreira e sinal de fracasso é apenas passageiro, nós não só podemos como devemos nos envolver e exigir nossos direitos, e assim aprender que temos ainda muita coisa para ser conquistada” Esses relatos da aluna 3 ainda corroboram com os estudos de Texeira et al (2023), em que A autoestima afeta, entre outras coisas, as competências profissionais das alunas sujeitas da pesquisa por certos caminhos acadêmicos de modo que elas entendem, com capacidade, com “inteligência” e com “habilidades” para conquistas maiores em seu futuro. De modo que almejem se inspirar em mulheres cientistas no campo das ciências exatas, nas áreas denominadas STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematic). Abaixo apresentamos o discurso completo da aluna 3: Aluna 03: “.... participei ano passado da eletiva: Se empodera menina, na qual a professora Viviane coordenou, a eletiva veio com o objetivo de nós meninas, ver que somos capazes de fazer tudo que quisermos, e que todos os obstáculos sempre são vencidos a partir de nossa coragem e perseverança. A eletiva apresentou o filme Estrelas além do tempo, onde mulheres pretas, conseguem ser reconhecidas pelo seu potencial altamente qualificado, em seu local de trabalho (NASA) com o filme e os ensinamentos em si que vimos durante a eletiva, aprendemos que apesar da evolução tecnológica, do avanço dos pensamentos do homem, do ampliamento dos conhecimentos ao total, as mulheres ainda temem em ser rebaixadas pelo seu sexo, e a eletiva veio para incentivar, mostrar, agir e encorajar nós MULHERES que somos capaz de tudo, e que qualquer barreira e sinal de fracasso é apenas passageiro, nós não só podemos como devemos nos envolver e exigir nossos direitos, e assim aprender que temos ainda muita coisa para ser conquistada.”( agosto, 2023). Os estudos feitos na Eletiva pesquisada são ressaltados no discurso da aluna 3 (apresentado acima ) e aluna 4 sobre a conquista e lutas do direito a Educação: inspirado o debate a partir da história de Malala Yousafzai ativista paquistanesa; e do direito ao voto a partir da primeira mulher a votar: Celina Guimarães Viana e também do filme : Estrelas Além do Tempo é um filme de drama biográfico lançado em 2016 que conta a história de três mulheres negras que trabalharam na NASA durante a corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética, nos anos 1960. Elas enfrentaram o preconceito racial e ajudaram a lançar o astronauta John Glenn em órbita . E ainda, foi promovido momentos importantes de debate da importância da mulher na sociedade de hoje e que a luta por seus direitos é algo constante. A partir disso defendemos que, as discussões sobre preconceito racial devem fazer parte de diversas áreas de conhecimento e ensinam os alunos a terem o respeito e a romper com atitudes de racismo onde estão inseridos, principalmente na escola (CAMARGO, e tal 2023). No filme trabalhado Estrelas além do tempo essas questões de racismo estão bem marcantes e são mostradas no discurso da aluna 4. Aluna 04: Com o empodera menina, aprendi que mulheres negras antigamente tinham que usar banheiros separados das mulheres brancas pelo racismo com o filme "Estrelas além do tempo". Fizemos luminárias com figuras femininas importantes e discutimos assuntos. Assuntos esses fundamentais para o conhecimento de todos da escola. O aprendizado sobre luta das mulheres ao longo dos anos (setembro, 2023). No desenvolvimento da sociedade percebemos que é algo estrutural as meninas não terem contatos com as ferramentas de trabalho dos pais, como furadeiras, alicates, chaves de fenda etc. Isso é devido a pensamentos estruturados na sociedade em que as meninas devem aprender as atividades da mãe: cozinhar, lavar, passar cuidar da casa. No desenvolvimento da IPs construção de luminátias: construção de Luminárias as meninas colocaram a mão na massa e tiveram oportunidade de usar essas ferramentas “ditas masculinas” a aluna 5 ressalta que: “Aprendi a mexer com furadeira e eletricidade coisas foram taxadas que somente homens são capazes de manusear, nesta eletiva aprendi que não existem limites para as mulheres”. Os relatos de experiência nos discursos dos estudantes apresentados ao longo das discussões dos resultados dessa pesquisa mostram que, o ensino de Ciências com esse viés de empoderamento feminino permite na educação básica processos reflexivos que contribuem para sua atuação como cidadãos de modo a mudar seus olhares diante da sociedade em que estão inseridos. Visto que, a igualdade de gênero é um temática que permeia vários campos da sociedade, de modo que se faz importante essa discussão na educação básica para que ocorram mudanças estruturais na sociedade (CAMARGO, et al , 2023). Podemos perceber essas mudanças de pensamento sobre a presença da mulher na sociedade nos discursos dos alunos apresentados ao longo dos resultados e também nas falas da aluna 6 e do aluno 7 abaixo: Aluna 06: A eletiva (Se empodera menina) foi uma experiência muito boa, eu aprendi sobre as conquistas das mulheres na ciência e foi algo que mudou muito a forma de ver o mundo e ver que as mulheres podem sim ser o que elas quiserem, a parte mais legal da eletiva foi quando começamos a fazer as luminárias com os rostos de grandes mulheres no ramo da ciência e sinceramente eu gostei demais, foi uma ideia muito boa os experimentos também eram muito legais gostei muito da eletiva.Aluno 7 (menino)- A Se Empodera menina me ajudou bastante com as mulheres e como conviver com elas, aprendi com as histórias e as leis do passado e o quanto os homens e as leis eram rígidos com as mulheres (Setembro,2023). O relato de experiência da aluna 8 e aluna 9 apresentados abaixo traz questões sobre o Empoderamento da mulher na sociedade contemporânea. De acordo com princípios de empoderamento de mulheres: Tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho – respeitar e apoiar os direitos humanos e a não discriminação. Promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres. Estabelecer liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero. Mediar e publicar os progressos para alcançar a igualdade de gênero (BRASIL, 2017). Aluna 8:Na eletiva aprendi sobre o Poder que a mulher tem na sociedade, independente dos obstáculos a mulher tem que lutar pelos seus direitos na sociedade e buscar seus sonhos e objetivos. As mulheres, porém, ter coragem para enfrentar os obstáculos que surgem na vida e lutar pela conquista dos seus sonhos. Aluna 9: A eletiva Se empodera menina, me deu inspiração para acreditar em mim mesma, me fez valorizar a minha voz. Me deu confiança para confiar na minha capacidade de fazer a diferença. Aprendi a cuidar de mim mesma, a ter autoestima, a ter confiança nas minhas habilidades e no meu poder de superação. Hoje, também não tenho medo de expressar minhas opiniões e defendo aquilo que acredito. A eletiva me fez ter certeza de que as mulheres têm voz para inspirar as outras mulheres a se sentir capaz de fazer aquilo que elas querem (outrubro,2023). Nossos resultados evidenciam que foi possível desenvolver reflexões sobre diversas cientistas mulheres e aumentar e criticidade, das alunas e os alunos com o mundo científico e sobre as maneiras de fazer ciência e aproximar leituras sobre caminhos profissionais de diversas áreas de conhecimento principalmente carreiras STEAM. As análises dos discursos dos sujeitos da pesquisa trouxeram para comunidade CEPI Mauá discussões sobre o empoderamento feminino, igualdade de gênero e representatividade de mulheres em campos científicos ao longo do desenvolvimento das ciências. Pontuamos ainda que as lutas e os desafios enfrentados por mulheres que buscam carreiras nas ciências e questões no campo de igualdade de gênero na sociedade atual é algo constante e necessário (BENITE et al , 2001; BASTOS, et al 2023). V. CONCLUSÕES Enfim, podemos perceber que estudar as biografias de mulheres incríveis da Ciência como Marie Curie e de mulheres negras cientistas brasileiras aproxima os alunos e alunas da ciência e da tecnologia e, consequentemente, gera um empoderamento feminino e as incentiva a seguir nos estudos e trilhar carreiras rotuladas masculinas em campos científicos e tecnológicos. De forma que, promover esses debates em sala de aula pode desenvolver o pensamento crítico dos envolvidos no processo.
VIVIANE SOARES DO NASCIMENTO (Coordenador da Equipe)
Deisne da Silva Reis (Professor Colaborador)
Amanda Pereira Silva Costa (Aluno Capitão)
Eduarda Pereira Silva Costa (Aluno)
Davilly Lima da Silva (Aluno)
Centro de Ensino em Período Integral Drº Mauá Cavalcante Sávio, -