Project Steam



Temas

Meio Ambiente, Reciclagem e Consumo Consciente, Atividades Práticas STEM Brasil e Demais Experimentos

Palavras-chave

Práticas experimentais , Laboratório , Materiais alternativos , meio ambiente


Resumo

INTRODUÇÃO A utilização de práticas experimentais no ensino é uma abordagem pedagógica fundamental que oferece diversas vantagens para os alunos. Os estudantes tornam-se sujeitos ativos no processo da aprendizagem. As práticas permitem que os estudantes se envolvam ativamente na construção do conhecimento. Ao participar diretamente das atividades, eles são estimulados a explorar, investigar e tomar decisões, o que reforça a compreensão dos conceitos teóricos. A contextualização fortalece os conceitos teóricos aprendidos em sala de aula, tornando-os mais tangíveis e significativos para os alunos. Isso facilita a compreensão de como o conhecimento pode ser aplicado no mundo real. Além do que, a experimentação promove o desenvolvimento de habilidades práticas e técnicas específicas relacionadas ao tema estudado; isso prepara os alunos para enfrentarem desafios do mundo profissional, tornando-os mais aptos a lidar com situações reais. Assim, o que não pode continuar são as aulas dadas de maneira mecânica, com preocupação quase que absoluta em cumprir o conteúdo, não levando em conta o ritmo de cada turma e o desenvolvimento das competências desejadas ao final de cada conteúdo (SILVA e SILVA, 2016). De um modo geral, os docentes, demonstram insatisfação com as condições e infraestruturas de suas escolas, principalmente aqueles que atuam em instituições públicas. Muitas não dispõem de laboratórios de ciências, nem ao menos de kits de ciências, robóticas, matemática, física etc. Fato em que se apoiam para justificar o não desenvolvimento das atividades experimentais devido aos fatores referenciados. Com base no resumo técnico do Estado da Paraíba, 2019, relacionados aos laboratórios, apenas 25,1% das escolas estaduais da rede Estadual da Paraíba possuem laboratórios de ciências. O laboratório é um lugar onde muitas atividades experimentais são realizadas e que devem colaborar para o processo de ensino e aprendizagem. Por isso, é importante saber os principais problemas e dificuldades encontrados nesse ambiente, para que ocorram ações que potencializem a utilização destes espaços (PEREIRA; MANDACARI, 2018). Diante desse fato, é fundamental que a falta de um espaço adequado para as práticas experimentais não sejam uma barreira que impeça o aprendizado e que desestimule o profissional, mas que seja um propulsor no processo de ensino. É necessário que o docente possa se adequar ao fato e fazer uso exagerado da criatividade para criar materiais alternativos e um ambiente que desperte o interesse e a motivação do estudante. É indispensável que os estudantes deixam de ser ouvintes e passam a ser sujeitos ativos, associem a vida cotidiana com o meio científico, solucionem problemas, levantem hipóteses, interpretam resultados, entre várias outras situações. Com base nos desafios apresentados, o grupo Project Steam visa criar materiais didáticos que auxiliem no processo de ensino e da aprendizagem das disciplinas da base comum curricular a partir de objetos que seriam dispensados e/ou jogados em lixões. Metodologias Com base na crescente necessidade de tornar o processo de ensino-aprendizado mais eficaz, engajador e adaptado às demandas individuais dos alunos. A metodologia buscou promover um ambiente educacional mais inclusivo, dinâmico e eficiente, capacitando os alunos para enfrentar os desafios do século XXI de maneira competente e confiante. A intervenção foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Marlene Alves, com foco nos estudantes do 8º e 9º anos, e a Escola Cidadã Integral Sílvio Porto, envolvendo as séries de 1º, 2º e 3º anos. Ambas as escolas, localizadas na cidade de Pilõezinhos – PB. A equipe interventiva foi composta por 5 alunos da ECI Sílvio Porto, com estudantes da 1ª série do Ensino Médio. O primeiro passo foi perceber em que áreas poderiam ser criados recursos didáticos que facilitassem o aprendizado, com base em entrevistas com os estudantes e resultados consolidados pelos professores ao final do semestre, foram elencados os temas mais críticos. Dando continuidade, prosseguiu-se com a análise de diversos vídeos que mostrassem o tutorial da confecção de recursos didáticos com materiais alternativos. Diante do observado, foi fundamental a escolha com base no que seria mais urgente para nossa realidade. E diante do resultado, partiu-se para a escolha e separação dos materiais. Foi considerada a produção de materiais que trouxessem o aspecto multissensorial, envolvendo vários sentidos, como visão, audição, tato e até mesmo olfato, tentando dessa maneira, tornar o aprendizado mais dinâmico e inclusivo. Como exemplos foram produzidos modelos tridimensionais de moléculas com texturas diferentes e cores vibrantes com bolinhas de roll ons encontrados em desodorantes descartados e ainda, a confecção de um microscópio com a embalagem plástica vazia de um produto de limpeza etc. As análises foram analisadas a partir dos dados recolhidos dos questionários respondidos pelos alunos após as apresentações das práticas e oficinas realizadas. Resultados Diante das apresentações realizadas, ficou perceptível o envolvimento dos alunos durante a realização das atividades práticas. Principalmente quando os alunos da rede municipal de ensino se tornaram participantes ativos durante os encontros. Fato que pode ser explicado com base na análise do questionário qualitativo enviado aos alunos; onde perguntava: Você sabe o que é prática experimental? Onde 100% dos estudantes (que compreendem 75 alunos) da Escola Marlene Alves responderam “não” saber do que se trata. Diante das respostas dos estudantes, ficou fácil entender o entusiasmo e a participação ativa durante a realização das atividades. Quando perguntado, se após as apresentações, a utilização das práticas experimentais facilitaram o aprendizado, em ambas às escolas, foram notados resultados positivos, reconhecendo o fortalecimento da teoria com atividades práticas relacionadas aos temas trabalhados na sala de aula. Entre os alunos da Escola Marlene Alves, 93% confirmaram que os resultados foram proveitosos e apenas 7% discordaram. Entre os alunos da ECI Sílvio Porto, 96% comprovaram a eficácia no método e apenas 4% não concordaram (entre os 82 alunos envolvidos). Diante do esforço dos estudantes envolvidos no projeto, em mostrar atividades práticas, mesmo sem recursos mais apropriados e espaços adequados, foi assimilada a mensagem de que é possível realizar atividades diferenciadas que favoreçam o processo de ensino e de aprendizagem são possíveis. Os resultados a seguir, evidenciam a boa percepção dos estudantes em assimilar que mesmo com a ausência de um lugar e materiais apropriados é possível obter melhores resultados nas avaliações e desfrutar de aulas mais dinâmicas e prazerosas. Quando perguntado se é possível realizar prática experimental com material alternativo, 97% da Escola Marlene Alves e 99% da ECI Sílvio Porto confirmaram que seria possível. Diante do exposto, torna-se urgente a necessidade de incorporar as atividades práticas nas mais diversas áreas do conhecimento. Visando motivar os estudantes numa jornada incessante por conhecimentos por conta própria, em um mundo fascinante de descobertas, tirando o aprendizado de uma zona de forçadas tarefas a serem realizadas. Desta forma, os alunos sentem que os temas estão inteiramente relacionados ao cotidiano e espera-se mais envolvimento nas aulas. Conclusão A criação de um laboratório com materiais alternativos é uma abordagem pedagógica que oferece inúmeras vantagens. Ao longo deste diálogo, exploramos as razões pelas quais isso é tão importante. Em um cenário educacional em constante evolução, a criação de um laboratório com materiais alternativos emerge como uma estratégia valiosa e adaptável. Ela democratiza o acesso à educação prática, promove a inclusão, estimula a criatividade, fortalece habilidades práticas e prepara os alunos para enfrentar desafios reais com inovação e confiança. Além disso, essa abordagem reforça a ligação entre teoria e prática, tornando o aprendizado mais envolvente e relevante. Ela também desempenha um papel crucial na conscientização ambiental, pois frequentemente envolve a reciclagem e reutilização de materiais. Em um mundo onde a resolução de problemas, a adaptabilidade e a habilidade de encontrar soluções criativas são cada vez mais essenciais, a criação de um laboratório com materiais alternativos não apenas enriquece o ensino, mas também prepara os alunos para um futuro cheio de desafios e oportunidades. É uma demonstração do poder da educação para capacitar indivíduos a criar, inovar e prosperar em qualquer ambiente.


Fotos

Equipe

Bergson da Silva Souza (Coordenador da Equipe)
Jhonantan Freire de Aguiar (Professor Colaborador)
ALEX PAULINO DOS SANTOS (Aluno Capitão)
PAOLA DE LIMA BELARMINO (Aluno)
ISABELLY SANTOS DA SILVA (Aluno)
VINÍCIUS DE OLIVEIRA PEREIRA DA SILVA (Aluno)
JANE KELLY BELARMINO SANTOS (Aluno)


Escola

Escola Cidadã Integral Sílvio Porto , Guarabira-PB

Foto Equipe

Referências





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